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Roubo e adulteração de veículos: Organização criminosa causou prejuízo de R$ 30 milhões na Paraíba e no PE

A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) concluiu a primeira fase da “Operação Desmanche”, com a prisão preventiva de 17 membros de Oganização criminosa responsável por prejuízo superior a 30 milhões de reais com atuação nos estados da Paraíba e Pernambuco.  A  organização criminosa  atuava  há mais de quatro  anos com especialidade  em roubo e adulteração de veículos.

A primeira fase da “Operação Desmanche”  foi deflagrada na manhã do dia 03 de abril, com prisão temporária de 13 pessoas e 18 mandados de busca cumpridos. Após muitas diligências e relatório com mais de 200 páginas, a investigação da DRFVC identificou (até o presente momento) 24 membros da organização criminosa, dentre eles alguns dos principais Lidres, que foram indiciados pelos crimes de  organização criminosa armada, Roubo Constaciado, Receptação Qualificada, Lavagem de Dinheiro  e adulteração de sinal  identificador  de veículos .

As penas dos líderes da Orcrim podem ultrapassar facilmente 20 anos de reclusão.

Na 1ª fase da operação, foram localizados e apreendidos diversos veículos em utilização pela Orcrim, com adulteração comprovada.

A DRFVC destaca a atuação do núcleo de criminalista do IPC (NUCRIM-JP), que foi primordial para a identificação das fraudes veiculares. Algumas delas bem complexas, com a realização do denominado “transplante” de chassi pela ORCRIM.

Tal modalidade de adulteração é praticamente impossível de ser constada em uma abordagem rotineira da polícia, sendo necessário um exame pericial minucioso.

Durante a operação a  DRFVC apreendeu um veículo  Gol registrado em nome da esposa de um dos líderes da Organização. O exame pericial no veículo constatou a adulteração na modalidade “transplante”.

A adulteração foi tão bem feita que a organização conseguiu transferir o veículo, de forma a torná-lo aparentemente lícito.

Se o veículo não tivesse sido recuperado pela DRFVC dificilmente seria descoberta a sua verdadeira identificação.

As investigações indicam que a mesma conduta foi praticada em diversos outros veículos, que foram posteriormente negociados e circulam livremente, como se fossem veículos lícitos.

Dentre os líderes da Orcrim, quatro são donos de sucata em funcionamento no distrito mecânico de João Pessoa. Outro membro da Organização  é proprietário de oficina de veículos, em atividade no distrito mecânico de Mangabeira.

As investigações da DRFVC identificaram que as esposas de 04 líderes da ORCRIM tiveram envolvimento direto com a aquisição e transferência de veículos utilizados pela ORCRIM.

As esposas dos líderes, desta forma, também passaram a ser investigadas e foram indiciadas pelos crimes de  Lavagem de dinheiro e  Constituição de Organização Criminosa.

A justiça paraibana determinou que as esposas responderão ao processo em liberdade, mas cumprindo algumas medidas cautelares (proibição de contato e visita dos maridos presos, proibição de contato com outros membros da organização,  comparecimento mensal em juízo e proibição de saída da comarca de João Pessoa).

Dois membros importantes da organização atuavam no roubo de veículos dentro de presídio de João Pessoa. A justiça expediu novo mandado de prisão e determinou a transferência desses presos para um presídio de segurança máxima.

Dentre os 24 membros da organização identificados pela DRFVC até o presente momento, 17 permanecerão presos, além das 04 (cautelares diversas).

Os outros três  membros responderão em liberdade em razão de terem colaborado com as investigações.

A DRFVC prosseguiu nas diligências para localizar os veículos subtraídos pela orcrim e devolvê-los aos seus donos, além de identificar os demais membros ainda em liberdade.

Desta forma, em breve deverão ser deflagradas outras fases da  “Operação Desmanche”  para desmantelamento de toda a  organização criminosa

Quaisquer denúncias sobre esta ORCRIM ou sobre outros crimes, podem ser encaminhadas à DRFVC através do DISQUE DENÚNCIA DA POLÍCIA CIVIL (tel. 197 – SIGILO GARANTIDO).

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