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‘Toinho’, da Braiscompany, é preso na Argentina após mais de um ano foragido

Antônio Neto Ais, da empresa de criptomoedas Braiscompany, foi preso nesta quinta-feira (29) na Argentina. A além de Antônio Neto, a esposa dele, Fabrícia Ais, também foi presa pela Polícia Internacional (Interpol).

A informação foi confirmada  pela Polícia Federal às 22h30. Antônio Neto e Fabrícia, o ‘casal Braiscompany’, estavam foragidos há pouco mais de um ano.

No dia 24 de fevereiro de 2023, o juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande, decretou a prisão preventiva do casal.

O decreto veio após o delegado responsável pela operação Halving solicitar a ação, para que os nomes de Antônio Neto e Fabrícia pudessem ser incluídos na difusão vermelha da Interpol.

Até então, após ser deflagrada a operação Halving em 16 de fevereiro de 2023, o casal tinha prisão temporária decretada e não eram passíveis de inclusão em difusão internacional e por isso a necessidade da conversão.

À época, a Justiça entendeu a gravidade dos fatos investigados e deferiu os pedidos.

Antiga sede da Braiscompany, em Campina Grande.

Antiga sede da Braiscompany, em Campina Grande. (foto: reprodução/Google Maps)
De acordo com o jornal Argentino Clarin, desde que fugiram para a Argentina, Antônio Neto e a esposa teriam morado junto com os filhos em locais da Grande Buenos Aires, como por exemplo: Palermo, La Plata, Nordelta e por último em um haras no bairro de Escobar.

A maioria destes, conhecidos por serem de classe média-alta, segundo apurou o ClickPB.

Identidade falsa

Ainda de acordo com o jornal Clarin, Antônio Neto estava utilizando uma identidade falsa, com o nome João Felipe Costa.

Após suspeitas, investigadores da Interpol rastrearam compras do dono da Braiscompany em um supermercado e também o observaram em um ginásio, até chegarem ao local onde ele estava vivendo com a familia.Um drone foi utilizado para ajudar no rastreio do veículo usado pela família. Hoje (29), quando Ais estava chegando ao Haras, policiais federais bloquearam o caminho para cumprir a prisão.

De acordo com o jornal Clarin, a polícia detalhou à equipe de reportagem que Antônio Neto tentou fugir, porém foi alcançado.

Algemado, ele confirmou que era a pessoa procurada pelos crimes contra sistema financeiro estimados em mais de R$ 1 bilhão.

Já em relação a prisão de Fabrícia Ais, o ClickPB apurou que a mesma teria ocorrido em um outro momento, também no dia de hoje.

A informação foi detalhada pela Polícía Federal à imprensa. “O casal foi preso em momentos diferentes”, explicou a asssessoria do órgão na Paraíba.

Segundo a Polícia Federal, nesta sexta-feira (1º), será realizada uma entrevista coletiva na sede da superintendência do órgão na Paraíba onde devem ser explicados mais detalhes sobre as prisões.

Condenação do ‘casal Braiscompany’

Como trouxe o ClickPB no último dia 15 de fevereiro, a Justiça Federal, em decisão do juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal em Campina Grande, condenou Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, juntos, a 149 anos de prisão.

Antônio Neto Ais e Fabrícia, donos da Braiscompany. Casal foi preso hoje (29).
Antônio Neto Ais e Fabrícia, donos da Braiscompany.Casal foi preso hoje (29). (foto: reprodução/instagram)
Antônio Ais foi condenado a 88 anos e 7 meses de prisão, em regime fechado. Fabrícia Farias foi condenada a 61 anos e 11 meses de prisão, também em regime fechado.

Na decisão, o juiz também condenou outros oito réus por crimes financeiros. O juiz também determinou uma reparação de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em danos coletivos.

A Operação, deflagrada em 16 de fevereiro de 2023, teve como objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais, em tese cometidos por sócios de empresa especializada em criptoativos.

A operação foi comandada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).

O alvo da investigação foi a empresa Braiscompany, que segundo a PF tinha movimentado nos últimos quatro anos valores equivalentes a aproximadamente R$ 1,5 bilhão em criptoativos, em contas vinculadas aos suspeitos.

À época, foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão nos municípios de João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba e em São Paulo.

Os alvos dos mandados foram as sedes da empresa nestas cidades e um condomínio de luxo em Campina Grande.

clickPB

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